segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cortejo sexual

Em biologia, denomina-se cortejo sexual ao comportamento animal específico que tem como finalidade obter casal e/ou apareamento.
Muitas espécies animais têm durante o período de acoplamento uma série de comportamentos mais ou menos ritualizados. Frequentemente implicam a exibições de características físicas, a produção de sons especiais ou presentes a oferecer ao candidato. Este tipo de comportamentos observam-se de forma mais desenvolvida nas aves. 

O cortejo sexual aumenta a disponibilidade ao apareamento ao aumentar a motivação sexual dos indivíduos. Paralelamente diminue a agresividade intraespecífica entre os membros do casal, e também entre todos os indivíduos para aquelas espécies que se reúnem em manada durante esse período sendo fortemente territotiais ou solitários o resto do ano.
O cortejo sexual consiste geralmente em uma mistura ritualizada de acões inicialmente relacionadas com o apareamento, o ataque, a fuga e com outras ações relacionadas com a alimentação, a criação, etc. 

Funções do cortejo sexual 

Os rituais diferentes de cortejo nas espécies de animais criam um isolamento reprodutivo sumamente potente que mantém isoladas espécies emparentadas na maioria dos grupos do reino animal. Nas espécies dioicas, os machos e as fêmeas têm de procurar-se, estar juntos, realizar os complexos rituais de cortejo e apareamento e finalmente copular ou bem soltar no ambiente seus gametos para fazer possível a fecundação.
Dança-las nupciais, os cantos dos machos para atrair às fêmeas ou as caricias no casal, são exemplos de comportamentos típicos do cortejo que permitem ao mesmo tempo de se conhecer, se isolar reproductivamente. As funções principais do cortejo para permitir a cópula são: sincronização, orientação, persuasión, comunicação e isolamento reprodutor. 

  • Sincronização: a sincronização das atividades sexuais de machos com fêmeas em períodos curtos de tempo consegue-se em muitas espécies através do cortejo. Assim, é frequente em aves por exemplo, que o cortejo acelere a maturação dos óvulos da fêmea. 
 
  • Orientação: os animais que cantam mais energicamente e ostentan colorações chamativas provavelmente sejam ouvidos ou vistos desde bem longe. Estas exbições ajudam à orientação e ao encontro entre os membros do casal. Não obstante, se os indivíduos pertencem a espécies diferentes, os cantos, plumajes ostentosos, aromas "afrodisíacos" não são orientativos já que não são tidos em conta. Os animais que se comunicam principalmente por sinais acústicos podem entoar melodias formosas, até as mais insuportáveis para nosso ouvido, mas que parecem ser muito agradáveis para a fêmea de sua espécie. Muitos grillos, rãs, sapos, chicharras e langostas são grandes "cantores". 
 
  • Persuasão: este termo significa que o cortejo do macho serve para evitar as respostas não sexuais por parte da fêmea.
  • Comunicação: quando um animal se comunica, modifica a curto ou médio prazo o comportamento de outro animal de forma adaptativa e beneficiosa para ambos. Fá-lo mediante sinais, que podem ir desde as maternales, filiais, agressivas, defensivas até as sexuais. As complicadas sinalizações que realizam os machos "caragueijos violinistas" do género Uca, com seus grandes e potentes pinzas, que utilizam tanto para atrair às fêmeas de sua mesma espécie, como para afugentar a outros machos competidores. 

  • Isolamento reprodutor: a cada uma das etapas do cortejo, depende do comportamento do conjuge. O macho só passará a uma segunda etapa de exibição se a fêmea mostra determinado comportamento de cumplicidade, e passará a uma terceira só quando ela realizar um segundo comportamento. Sucessivamente, os comportamentos de ambos se vão encadeando, sincronizando no tempo e determinando finalmente a cópula ou a libertação dos gametos ao médio ambiente. Nenhum animal que não esteja fisiologicamente apto para a fertilização poderá completar esta exigente corrente de comportamento.

 































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